quarta-feira, julho 19, 2006

NÃO O DESEJO A NINGUÉM

Esta manhã tive com certeza uma das piores experiencias da minha vida. Não o desejo a ninguém. Se o falecimento do meu pai foi difícil, posso dizer com toda a certeza que nunca tive tanto receio pela minha vida e da minha mãe. É dificil explicar as loucuras do ser humano e a verdade seja dita, isto quase que só em filmes, nunca pensei passar por isto.
Fui Ameaçado de morte, eu e a minha mãe, não num tom de raiva, fúria ou desconcerto, mas num tom lúcido, transparente, calmo e directo de quem sabe o que está a dizer, não de quem fala da boca para fora, mas sim de quem sabe muito bem o que quis dizer e como o dizer. Ouvir numa frase bem estruturada "...dou-te um tiro nos cornos sem problemas, limpo-vos o sebo, tás marcado ouviste, marcado..." de uma pessoa como outra qualquer, fiquei com medo e após consultar um amigo GNR e relatar os factos e aconselhou a ida à PSP e apresentar a devida queixa.
Fiquei com medo, muito medo, medo de perder a vida e que algo aconteça com a minha mãe, fiquei a manhã toda desesperado, não conseguia falar sem gaguejar, não conseguia pensar noutra coisa senão na minha mãe sozinha em Leiria. Ao fim do dia de trabalho fui directo à PSP, apresentei queixa e agora é só ficar à espera da chamada para prestar declarações, até lá espero não ter de olhar muitas vezes por cima do ombro, pois se eu sei os meus limites e o que se passa na minha cabeça, não sei os limites dos outros nem o que se passa na cabeça deles.
Um obrigado ao meu amigo Patrice que com a sua calma foi beber um café comigo na hora de almoço e também me ajudou a acalmar, no fim disto tudo apenas o seguinte, depois do dia que passei, definitivamente é coisa que......
NÃO O DESEJO A NINGUÉM.

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